quinta-feira, 17 de abril de 2014

Pessoal!!!
FELIZ DIA DO MALBEC!!!
Divulgando o resultado da nossa enquete do Dia do Malbec. Confira:

Qual o Melhor Malbec da Argentina???


VENCEDORA
BODEGA CATENA ZAPATA


História da Família Catena:

É nosso desejo desentranhar os segredos da nossa terra e mostrar com orgulho os nossos vinhedos ao resto do mundo.

Esta é a história de como transcorreu nossas vidas, nossa paixão e nosso espírito para transformar um árido deserto em uma das zonas vitícolas mais bonitas e únicas do mundo. Esta é a história de como temos passado nosso conhecimento de pai a filho e de filho a filha a través das gerações, de como temos ensamblado a memória coletiva da família com a mais moderna tecnologia vinícola vigente. É uma história de correr riscos, de respaldar um palpite, de dar um grande salto de fé, de desfrutar um pouco da sorte a través do caminho, de converter a nosso querido terroir de Mendoza na fonte dos vinhos que levam nosso nome.


Alcançando a Terra Prometida: 100 anos na Viticultura Argentina – 4 gerações


É parte da tradição da história da família que nosso bisavô, Nicolás Catena, quem partiu da Itália para a Argentina em 1898, celebrasse o fim da escassez e a fome na Europa e a chegada a esta abundante nova terra, comendo um pedaço de carne polposa todas as manhas. Reconhecido por o seu incansável otimismo, Nicolás estava convencido de que tinha encontrado a terra prometida na Mendoza, onde plantou a sua primeira vinha de Malbec em 1902.

Até então, o Malbec somente tinha sido utilizado nos vinhos de corte de Bordeaux. Não obstante, Nicolás suspeitava que fosse alcançar seu esplendor oculto nos Andes. Domingo, seu filho maior, herdou este sonho e levou a adega familiar a um segundo nível, tornando-se uns dos viticultores mais prósperos da Mendoza.



No entanto, durante a década dos 60, a família Catena teve que enfrentar grandes desafios. A economia do país atravessava uma época de confusão e os índices de inflação eram descomunais. Um dia, Seu Domingo percebeu que lhe custaria mais colher que deixar a fruta na vinha. Consulto-lhe a Nicolás, o seu filho de 22 anos recém formado como economista, o que fazer frente a esse dilema.

Nicolás lhe aconselhou não colher. Seu Domingo não conseguiu continuar o conselho do seu filho e seguindo sua intuição, colheu igual. Nicolás ainda lembra a tristeza que sentiu por seu pai durante aquele ano.

Para uma nova fronteira


Nicolás Catena nunca diria isto de si mesmo – seu baixo perfil não se o permitiria – mas de fato, tem sido ele o silencioso revolucionário na história da família. Foi ele quem traçou o caminho para uma nova etapa de vinificação, combinando o aprendido no vinhedo com o aprendido na Universidade.

Ao tomar as rédeas da adega e vinhedos da família, a meados dos 60, concentrou-se primeiro em ampliar a distribuição dentro da Argentina, durante os convulsionados anos 70. No entanto, a princípios dos 80, Nicolás decidiu viajar e radicar-se temporalmente em Califórnia, EE. UU, para dar aulas de Economia como Professor Visitante na Universidade de Berkeley. A situação econômica na Argentina era muito difícil, com o governo militar que acaba de declarar a guerra ao Reino Unido e com taxas de inflação superiores aos 1000 por cento anual.

Califórnia, e em especial a região de Napa Valley, foram uma autêntica inspiração para Nicolás e a sua esposa Elena, que costumavam passar os fins de semana nesse lugar junto a sua filha menor Adrianna, que acaba de nascer. Até esse  momento, nenhum adegueiro do “Novo Mundo” havia-se atrevido a concorrer com a França.



Nicolás Catena voltou para Mendoza com uma visão em mente. De um dia para outro, vendeu a sua adega elaboradora de vinhos de mesa, mantendo somente “Bodegas Esmeralda”, a adega de vinhos finos da família. Nesse momento, Argentina era vista como produtora de vinhos a granel, e muitos dos colegas argentinos de Nicolás lhe disseram que estava “completamente louco”.

Mas Nicolás Catena não é uma pessoa fácil de desalentar. Na década dos 80, ele dedicou-se a identificar as melhores áreas para plantar vinhas em Mendoza. Há pouco quando lhe perguntaram por que decidiu plantar Chardonnay e Malbec em Gualtallary, a uma altura de quase 1500 ms/n mar, Nicolás respondeu: “Pensei que a única forma de dar um grande salto qualitativo, era arriscar-se a sobrepassar os limites do cultivo da videira”. Seu próprio Engenheiro Agrônomo lhe tinha dito que o Malbec nunca amadureceria lá, mas amadureceu e maravilhosamente. Nicolás descobriu que Mendoza possui qualidades excepcionais para o cultivo da videira, e que cada zona com a sua determinada altitude, proporciona um micro-clima ideal para cada uva. Descobriu que o solo pobre dos Andes, descartado pelos primeiros imigrantes pela sua baixa fertilidade, constituía efetivamente a terra ideal para o cultivo das uvas de qualidade. E que o clima desértico era um verdadeiro ativo no seu favor, que lhe permitia controlar a qualidade e o tempo de pendurado dos cachos através de um rigoroso controle da irrigação.

Depois chegou o desafio de decidir o que fazer com o Malbec. Nicolás não tinha a mesma convicção que o seu pai sobre o potencial desta uva. Domingo Catena estava convencido de que o Malbec argentino poderia competir de igual a igual com os melhores tintos de Bordeaux. Mesmo assim, Nicolás duvidava da capacidade de envelhecimento do Malbec. Em 1989, ao falecer Seu Domingo, ele focalizou a sua dor em intentar comprovar se a intuição do seu pai era a correta. Depois de cinco  anos de intenso trabalho no vinhedo Angélica, de 60 anos, Nicolás estava realmente satisfeito com os resultados, e em 1994 decidiu elaborar o vinho Catena Malbec. Então, surgiu a questão de quê clones plantar nos vinhedos novos. Dado que na Argentina não existia nenhuma seleção clonal de Malbec, Nicolás decidiu importá-los de Cahors, França. Os clones franceses de Chardonnay outorgaram-lhe seu melhor vinho branco. Mas os resultados com os clones franceses de Malbec foram decepcionantes. Cresceram bagos muito grandes e com aromas e sabores rústicos.

Conseqüentemente, Nicolás decidiu desenvolver sua própria seleção clonal de Malbec. No início plantaram-se 145 clones no vinhedo La Pirámide de Agrelo. Finalmente, selecionaram-se os cinco melhores clones e foram plantados em diferentes microclimas, a diferentes altitudes.


O nascimento de Catena Alta e Nicolás Catena Zapata


Em 1994, Nicolás e sua equipe estavam seguros de haver identificado os melhores lotes para o cultivo de Chardonnay, Cabernet Sauvignon e Malbec. Em primeiro lugar, José Galante, enólogo principal desde 1975, engarrafou um pequeno corte de uvas dos lotes mais antigos e uniformes do vinhedo La Pirámide (que mais tarde chamou-se vinhedo Agrelo pela sua localização, no distrito de Agrelo). Fracionaram-se 300 caixas de Catena Alta Cabernet Sauvignon.

Em 1995, José engarrafou o primeiro Catena Alta Chardonnay, elaborado com uvas do lote 4 do vinhedo Domingo, localizado na região fria de Tupungato. Ao ano seguinte, em 1996, um hectare, correspondente ao lote 18 do vinhedo Angélica, outorgo as condições ideais para produzir o melhor Malbec. Foi então quando Nicolás decidiu elaborar seu primeiro Catena Alta Malbec.



A colheita 1997 foi um ano excepcional para o Cabernet  Sauvignon. Nicolás Catena e José Galante decidiram criar outro cuvée top, que cumprisse o sonho iniciado nos anos 80. O vinho, denominado Nicolás Catena Zapata (Zapata é o sobrenome de solteira da mãe de Nicolás) é um blend de 95% Cabernet Sauvignon e 5% Malbec. O lançamento foi no ano 2000, a través de una serie de degustações a cegas realizadas nos Estados Unidos e na Europa, contra grandes vinhos do mundo como Chateau Latour, Chateau Haut Brion, Solaia, Caymus e Opus One. Em todas as degustações, o vinho Nicolás Catena Zapata saiu em primeiro ou segundo lugar.


PRINCIPAIS MALBECS: